sexta-feira, 29 de maio de 2009

Petroleo nas Americas


A Petrobras foi a quarta empresa de petróleo mais lucrativa das Américas no primeiro semestre. Seu lucro líquido (US$ 6,3 bilhões) foi menor apenas do que o de três gigantes dos EUA: Exxon Mobil (US$ 18,760 bilhões), Chevron Texaco (US$ 8,349 bilhões) e Conoco-Phillips (US$ 8,477 bilhões).
Os dados são de levantamento inédito da Economática a pedido da Folha, que considerou empresas com ações em Bolsa dos EUA e da América Latina.
Em dólar, o lucro da Petrobras, a 14ª maior empresa de petróleo do mundo, cresceu 48,8% em relação ao primeiro semestre de 2005. Em moeda local, a estatal anunciou na sexta-feira um lucro recorde de R$ 13,634 bilhões no primeiro semestre, alta de 37%.
O lucro da Petrobras cresceu proporcionalmente mais do que o das concorrentes dos EUA -o da Exxon Mobil subiu 21%, o da Chevron Texaco, 31,2%, e o da ConocoPhillips, 40,1%- que lucraram mais do que a brasileira. No ranking das maiores petrolíferas do mundo, essas empresas aparecem em 2º, 8º e 11º lugares.
A Petrobras também lucrou mais do que a estatal mexicana Pemex (US$ 1,718 bilhão), apesar de essa empresa ter faturamento maior e estar mais bem classificada no ranking das maiores petrolíferas do mundo (nona posição).
Considerando a receita de US$ 34,114 bilhões, a Petrobras ficou em sexto lugar entre as companhias de capital aberto da América Latina e EUA. A Pemex obteve a quinta posição -US$ 46,377 bilhões.
Para Luiz Octávio Broad, analista da corretora Ágora, a estatal foi beneficiada pela apreciação do real ao ter seu lucro convertido em dólar. É que a companhia gera receitas numa moeda que se valorizou ante o dólar, diferentemente das principais concorrentes na América Latina e EUA.
Marcos Paulo Fernandes, da corretora Fator, diz que o bom desempenho da companhia brasileira está relacionado ao acréscimo na produção de petróleo, que sobe em velocidade maior do que em outras empresas. "A outras talvez não tenham o leque de investimentos para aumentar a produção que a Petrobras tem", afirma.
A produção de óleo nacional da estatal cresceu 7% no primeiro semestre, alcançando 1,757 milhão de barris por dia.
José Francisco Cataldo, analista do banco ABN Real, considera que o desempenho da empresa só não foi melhor porque a estatal sofreu com paralisações programadas de plataformas no segundo trimestre.

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